segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Satã


Satã vive preso, nos labirintos de sua própria masmorra.
Seu conceito de liberdade, inteligência, amor e ódio, não existem.
Pois conceitos são para as coisas que se pode ver e tocar, mas aquelas que podem apenas ser sentidas, a essas, nada existe, sem classificações, sem julgos, sem definições.
Assim é Deus para satã, algo inexistente, pois não se pode: defini-lo, ve-lo ou toca-lo.
O grande mestre de chifres, não recruta como Deus — deus humano sem divindade alguma,  chamando a todos e qualquer um.
Alias, “O mestre”? Quem disse que Satã é um homem.
O masculino é para a força, para aquelas almas que necessitam impor-se. Ao feminino cabe a luxuria, manipulação, inteligencia, o agir sob cautela, sem cautela alguma, planos? O feminino nunca precisou de planos, isto cabe aos homens, fadados ao medo do fracasso.
A grande Deusa Satã, em sua imponência, encontra-se em magnanimo trono, no mais sujo dos labirintos. Pois a real beleza, para ser bela deve-se mostrar magnífica em meio ao lodo, pois rodeado de requinte até mesmo o mais insignificante dos Papas pareceria a imagem de um Deus.
A majestosa, não possui nossos conceitos pequenos de certo e errado.
Quando seus olhos encontram o potencial em um humano, A líder, despeja toda sua energia em tal ser, sem ser anunciada, sem explicações, sem um pingo de compaixão para com o humano. Se ele falhar, e usar a essência de forma errada, estará afastando todos os ridículos e banais humanos da Deusa.Se triunfar, não só atrairá os bons, como fará o nojento trabalho de explicar sobre quem não quer se explicar.
Oh criança, traga-me vosso sangre fresco.
Eh criança, pensaste que somente o diabo sabia brincar com as palavras...
Esquecestes que palavras, é minha maior criação, depois da morte é claro.
Oh criança, não es meu doce amor, tão pouco meu baby querido, mas é minha child...
Criança olhe a sua volta, eu sou a criatura mais bela que existe. Deus aos meus pés é indigno de lamber meu fino sapato. Mas você criança, esta noite, deixarei que sente ao meu colo, que toque meus lábios. Pois ao contrario do teu deus, criança. Darei-lhe o prazer que tanto procura.

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