segunda-feira, 24 de agosto de 2009

ㅤㅤㅤGarden of Dreams and Mushrooms

Perdoe-me pela carta que mandei,

Anunciando o fim daquilo tudo que deixamos de viver.

Faça de conta que nada disso é real,

De que não passamos de caingangues alucinados por loucomelos,

Numa viagem coletiva em pleno século algum.

De outro falso paradoxo ético,

Perdido num poema nonsense auto-explicativo.

Cujo grande leitor seja o sentimento de perca da batalha

Dos mil e tantos anos entre Che e Mussolini.

Daquele velho filme europeu na qual a legenda eu nunca encontrei.

Num lindo jardim de falsas rosas, onde os cogumelos

São diariamente servidos no chá das seis.

Sentados em frente à lareira, um lindo e psicótico casal under,

Viciados em Beatles e Sg. Pepper’s.

Sentado a beira do rio, discutindo com Gnomos aristocratas

Apaixonado enfim, pela garota do jardim, dos mil e tantos loucomelos

Que já amei.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Ai vamos nós...

Sonhos loucos, loucos sonhos.

Num mar de incertezas e anseios

Prontos ou não ai vamos nós

Pulando de um avião a mil e tantos pés do chão

Onde vamos parar, com esse fogo todo

Que arde em nossos peitos enlouquentes.

Preparados para morte nos viemos

Com a única certeza de que com ela nos encontraremos

Na triste duvida se cumpriremos nossas singelas tarefas

De ver, ser e fazer tudo valer a pena no final.

Estamos caindo, e não queremos parar

a ferro e fogo iremos lutar, por dias melhores

Por lugares melhores, onde não tenhamos que

Sentar num canto obscuro, enquanto fazemos o que

mais nos da prazer.

Onde não precisemos tapar os olhos daqueles que

Não desejemos a alienação e abrir os que já se alienaram

Numa banalização radical da ética e moral nós nos encontramos

Ouvindo nossos cães gritarem clemência por uma educação maior.

Onde não sejamos tachados como sendo o mal, só por fazermos

O bem para nos mesmos, num canto obscuro, longe de todos.