Perdoe-me pela carta que mandei,
Anunciando o fim daquilo tudo que deixamos de viver.
Faça de conta que nada disso é real,
De que não passamos de caingangues alucinados por loucomelos,
Numa viagem coletiva em pleno século algum.
De outro falso paradoxo ético,
Perdido num poema nonsense auto-explicativo.
Cujo grande leitor seja o sentimento de perca da batalha
Dos mil e tantos anos entre Che e Mussolini.
Daquele velho filme europeu na qual a legenda eu nunca encontrei.
Num lindo jardim de falsas rosas, onde os cogumelos
São diariamente servidos no chá das seis.
Sentados em frente à lareira, um lindo e psicótico casal under,
Viciados em Beatles e Sg. Pepper’s.
Sentado a beira do rio, discutindo com Gnomos aristocratas
Apaixonado enfim, pela garota do jardim, dos mil e tantos loucomelos
Que já amei.