Um poema sempre estará à mercê da musa inspiradora.
Até mesmo os que não amam e que sá os que não desejam amar.
Pois ao poeta toda e qualquer palavra é figura, e não a
figura melhor do que a musa.
Seja em vestido de cetim;
De bruto tecido feito de saco de farinha
Farrapo achado no lixo.
A nós a musa sempre vira e se não vinde a mim, eu a ela
irei, se não for, sentado a esperarei.
Mas de tudo e realmente tudo não a poeta que resista a musa
nua vestida em seus traços corporais.
De veras nada digo aqui, de veras não mais escrevi sobre
musas mesmo tendo a maior das inspiradoras ao meu lado.
Pois é de tal conclusão que vos digo amigos que vislumbrei o
mais belo dos patamares:
Quando possuíres a autentica musa em teus braços e quando
esta não for possuída, mas sim bem quista e por vontade própria permanecida em
teu alento, veras que palavra alguma expressa a inspiração real do amor, e que
olharas em teus olhos e neles veras lindos contos de fadas, mas que jamais escreverá
algum.
Sendo assim, apenas digo que te amo e não apenas amo, pois
um amar tão intenso que motiva meu ser a não mais ter musas se estas não forem
iguais a ti.
(Pois de um “obs.:” coisa que desgosto aqui eu utilizo para
deixar claro: que a mim a arte de uma imagem é tão profunda como palavras construídas
em linhas mágicas, mas que desta, apenas teu semblante eu utilizo e corro o
risco da tua severa sentença.)