segunda-feira, 21 de junho de 2010

Cavalos Selados

Somos fracos, reprimidos e ofuscados. Estamos todos atordoados em meio a um mundo não mais nosso, mas de poucos facínoras que insistem em nos guiar com rédeas curtas. Somos os cavalos da nova era, guiados a um futuro incerto, a um futuro alheio, de sonhos e pesadelos de poucos, que temem que nós destruamos o mundo “deles”, mas que não se privam de destroçá-lo por completo. Estamos a mercê da tecnologia, fascinados com as tais maravilhas que elas nos proporcionam, nos esquecendo de que o nosso dom da criatividade se esvaia em meio a tanta praticidade. Somos sangue, órgãos, moléculas, hoje isso apenas somos, um dia também fomos energia, consciência, evolução e buscadores assíduos da alma, hoje não mais. Em meio a tantas falsas crenças, esquecemos da nossa, esquecemos da nossa fé e crença da alma, perdemos “o que” de contestadores. Nosso espírito hoje chora lagrimas de dor, pois esta num canto da alma esquecido, não mais ensinado, ainda criança clamando por conhecimento e tendo como alimento o vazio do esquecimento. Nosso espírito clama por vida, pela sua ágape a seu lado, pelo seu mentor a suas costas e pelo horizonte à frente, seja ele de luz ou sombras, tenha pombas ou serpentes em seu magnífico caminho. Nosso caminho de luta e vivencia fixa e espiritual fora trocado por uma enganadora pista virtual, repleta de flashes, cores e ilusões. Quem sabe um dia, não sejamos mais tão demasiadamente assim, meros humanos, animais mal evoluídos, aficionados pela destruição e calamidade alheia.