quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Minhas palavras nunca ensinaram...


Nunca ensinarão.
Sou aquele que traz uma falsa sensação de alento aos leigos.
Aquele que conforta os iluminados, os cientes de seu caminho, pois ao lerem, adquirem a convicção de que seu caminho é pleno e real.
Aos tolos, não trago vida, trago morte e anseio. Na minha ilusão, de que entendam que é preciso morrer antes de renascer das cinzas, se desvencilhar das amarras que a sociedade nos empoes.

Não tenho pretensão de ser reconhecido, tão pouco admirado, o que busco vai tão alem, num caminho tão antigo, que se faz inocente à aqueles que se dizem o ápice de uma raça.

Venho ao mundo, com espadas, a fim de matar seu coração.
Com ataduras, para curar vossa alma, sangrenta de vida.
Venho e não vim, aqui me encontro, mas la me resguardo,em minha terra prometida.
Sou parte da grande obra, sou partícula do todo poderoso.
Me oculto nas sombras, para um dia, na luz divina me mostrar.
Minha face hoje é desconhecida, mas no dia, meu rosto será vislumbrado.

Faço parte daqueles que por aqui passam, desconhecidos, desacreditados e banalizados...

Pois um dia voltaremos, tão cheios de si, que nos sentiremos em casa, por ver, nossos irmãos de fato a altura de nossa existência.Que morram todos, sigam em paz, e renasçam em mim, na nova Gaia-a terra prometida dos verdadeiros humanos, ainda sem nome, ainda sem morada, apenas com seus espíritos, carentes de alento materno, de conforto paterno e vivacidade então...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Falsas crenças


Não possuo religião.
Tão pouco, sou um tolo ateu.
Por livros, contos, dogmas e historias, já passei.
Não apenas nisso fiquei, pois minha fé eu depositei.
Naquilo tudo que acreditei, vi e verifiquei,compreendi que religiões são o mau do mundo.
Hoje sei, hoje vivo e morro, na lei da vida, a única lei que devemos seguir.
De que o mundo possui sua própria crença e seu rumo.
Que se compreendermos o que o ar nos diz, seremos de fato, humanos completos.
Viveremos eras douradas, o dia que nos voltarmos a água, terra, fogo e ar, e vermos neles, manuscritos divinos, manuais de nosso caminho,nosso então destino. Veremos a labuta, como algo passageiro, que tivemos que viver, e colheremos o fruto de nosso verdadeiro  ser.

O dia, em que não mais símbolos, brasões e afins, colocados em nossos peitos, como símbolo de nossa religião. Mas que nos sinais divinos, marcados a ferro, fogo e ar, provas de nossa compreensão sublime, do que de fato é o ser humano.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ekaton


Microcosmo, somos um.
Uma pequena partícula, da grande existência.
Uma fagulha de vida, iludidamente consciente.
Sempre a busca constante de nós mesmos..
Sempre tão distantes daquilo que procuramos.

Faríamos valer nossa existência, se por um minuto observássemos aqueles que sua missão como seres vivos exercem.
Se alguma vez em nossas tantas vindas a gaia, agíssemos como as arvores, que não apenas nascem, reproduzem ao seu modo e morrem, mas que vem com uma missão em vida, e voltam ao repouso da morte, com seu fardo aniquilado, seu objetivo concluído, sua paz encontrada. Entenderíamos então que buscamos a paz, nos recantos mais inóspitos de luz, nos confins mais soberbos de alienação, e concluiríamos enfim, que somos tolos, por nos dizermos deuses de nós mesmos. Somos tão insignificantes em nossa busca e missão, que intitular-mos de microcosmo, é um elogio que não nos pertence, que nos diz tanto, de tão pouco.

Somos uma fagulha de vida, que perdeu seu brilho durante as eras.
Uma sentelha de evolução, que se foi, como o vento que por nossos rostos passa e nunca mais retorna, nunca mais é o mesmo.
Almejamos uma consciência plena, uma exaltação da individualidade, esta por sua vez tão pequena que faz até mesmos as ervas daninhas rirem de nosso ego e Eu Superior.

Deixamos de lado a união de nossas partículas, o perdão de nossos inimigos, a busca do nosso Eu em nosso próximo.
A receita é simples, o caminho é tão simplório, que o ignoramos, por acharmos que a vida era mais complexa.
A resposta esta ai:
Terra...
... Fogo...
...água...
... E Ar.
A terra que abriga nosso ser, em momentos de duvida e anseio;
O fogo que queima nosso ser, nos elevando ao divino;
A água que mata a sede do nosso Eu;
E o ar, que transporta nossa energia final, o produto de tudo aquilo que semeamos à terra prometida.
Que renasçam os elementais, nossos verdadeiros deuses.
E voltaremos enfim à babilônia, terra prometida a homens que já não existem mais.

(Agradeço a Demócrito e Jah, pela inspiração)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

wath...

Cuidado!

Cuide bem do que se é dito, ousado e realizado.

Corre por ai, entre as vielas da vida, o temido vento.

Que tudo carrega, tudo semeia e devora.

No calar da noite, num beco escuro, o mais baixo sussurro...

Pode nas mais ímpias platéias, virar discurso, enérgico e febriu.

Shadow Puppets.


Em meio à escuridão, existe uma janela
Ainda mais escura, perplexa aos meus olhares.
Envolta numa aura, iluminada, tão magnífica.
Prateada, de um brilho reluzente, que ofusca o ego.
Que manifesta a alma, em seus mais ínfimos lugares.
Aquele velho cheiro vem a tona, num turbilhão de pensares.

Meu ser em conflito, travando batalhas a finco
A fim de se instaurar a paz interna, a calmaria externa.

Extasiação, serenidade, tudo e apenas o necessário.
Seus olhos mergulhão na vastidão nas sombras.
Tua morada intacta, a espera do ser a sua casa voltar.

Suas mãos ficam gélidas, seus dedos tremem, é a separação que chega.
Seus lábios se contraem se expandem, naquele ato, que chamamos de sorriso.
Nada mais é que a manifestação do verdadeiro ser, se contorcendo, voltando a vida.
Como um bebê que vem ao mundo, vindo do útero terreno, que agora, contempla o externo.
O verdadeiro mundo, ao menos, o provisório, aquele que será levado consigo,
Até a hora da travessia, a crossing death.


Se o outro lado, não lhe voltar a falar não mais sorrir para ti.
Tenha  a certeza de que vosso momento, ainda não chegou.
Mas que se encontra no aguardo, na espera da sintonia divina, tocar mais uma vez, a sinfonia da evolução.
Sophia, o espera, em algum recanto do mundo, seus olhos fixos no espaço, na certeza de que seu amado um dia a encontrara, e que em seus braços a tomara, e tudo, exatamente tudo se concretizara.
O teu mundo será dado a ti novamente, teu reino, tua morada e governancia.
Nos ímpios campos, na lavoura de trigo, ainda a ser germinada, pela semente do amor.

As planícies encontram-se em perfeito estado, férteis, gastando seu encherto estão as ervas daninhas, que pensam ser o verdadeiro fruto, mas que na verdade, são distrações, a terra prometida.

Venha a mim, ao meu alento, mas antes volte ao teu corpo, tome para si, o que é teu, enquanto guardo o meu, para um dia lhe presentear, lhe devolver aquele encanto, que outrora me emprestara...

Texto feito a cunho de um mortal encarnado, canalizando energias de outras tres entidades, em especial o Xamã, que agradeço o presente de seu saber.

domingo, 9 de janeiro de 2011

cadiac

Ainda te escreverei;
Mesmo sabendo que não estou preparado.
Sinto em mim, estagnação.
Meus textos, não contem minh'alma;
Não estão sujos de meu suor;
Tão pouco, possuem o cheiro de meu sangue.
Minhas palavras andam vazias, perdidas no vácuo da perdição,
Jogadas em alguma viela qualquer, na qual não consigo mais me esconder.
Meus minusculos olhos se inflam de lagrimas, ao saber que o tempo é curto...
E que mais curto ainda é nosso conceito de tempo, tão vagaroso ao ser descrito.
Uso de um meio oculto, tão simplorio em outras planicies.
Pois no anseio de teu encontro, eu me encontro.
Almejo encontrar-nos, embalados por alcoolismo febril
Por bitucasde cigarros tóxicos.
Pois nesse balançar e alquimia nuclear, iremos brindar.
Brindar ao fim da carne, ao inicio do cosmos.
Transportando a mim, para onde estais agora, no infinito espaço mágico do amor.