quinta-feira, 2 de junho de 2011

death blood

Um poeta morto...
Em sua espinha corre nada mais, que o mais singelo e temeroso medo.
O medo de pronunciar frases, conjurar blasfêmias e verdades da alma.
À um poeta morto, nada mais triste do que ver um papel em branco a sua frente apoiado em canetas de sangue.
À um poeta morto, a morte nem mais é atraente, tão pouco mórbida, simplesmente mais um papel em branco, amassado em esquina qualquer...
Para onde vão os sonhos? Alguem há de me responder. Ai! Quem sabe então, eu encontre aquelas palavras soltas ao vento, que somente meus pensares sabem juntar, conjulgar, conjurar e queimar.
Aos mortos de escrita, o sangue se faz negro como o lodo do mundo moderno, se faz nojento, insalubre e imprescindível, termo esse abominado por tal raça...
À um poeta morto, fazer isso é como um suicídio, por ousar do cão negro o retorno da inspiração...

Um comentário:

  1. Tu precisava disso, sinto um amargor te forçando a experimentar uma humanidade, uma coisa doente, necessária e realmente nojenta. Mas que não pode ser negada nem assumida como o fim, mas ultrapassada, pisoteada com inteligência e muita calma.
    www.cristiancosta.com

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