domingo, 5 de setembro de 2010

Temophab!

O Diabo comigo falou,

Nos céus suas negras asas ele riscou

E para mostrá-las na noite, de cinza ele as pintou.

Ao lado, pairava a estrela maior, Júpiter, Zeus, com sua soberania e sabedoria e me guiar.

Hoje não mais escrevo, não mais expresso, pois o agora é sentir, apenas sentir...

Dos amores não mais falei, da evolução tão pouco declamei.

Mentor amado, não mais direto nosso papo fora tomado;

Mas das tantas prosas obtusas que travamos por esta selva;

Selva não mais de pedra, selva de rios, lagos.

Das manhas de ar puro e sol radiante;

Das tardes estonteantes que minhalma insiste em exaltar.

Meu amor por ti, ó grande mãe, cresce, sim como cresce.

No ouvi de seu falar, da brisa de seu tocar, e no silencio a me ensinar.

Mãe minha, sempre minha, deite comigo esta noite e leia para mim mais uma daquelas antigas historias do mundo, da origem, da grande origem.

Conte-me o quão magnífico ES teu pai, meu pai, nosso criador, fale-me dele, do grande alvorecer de energia cósmica, da fonte vital de vida e evolução.

Sacia-me desta sede maldita de falar;

E leve-me ao teu ventre para nele mais uma noite repousar.

Um comentário:

  1. Belo texto, eu li em voz para o Luciano, que achou envolvente como música.
    São nesses textos que você se supera, é uma poesia quase que chorosa da alma.
    É uma declamação apaixonada de si para si, com intervenção de algo primordial, gerador ancestral
    www.cristiancosta.com

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