
As vezes certas coisas me abalam,
As vezes não.
Ultimamente sim tem me abalado,
Não sei ao certo o que é, como é, apenas sinto.
Ora escrevo, ora nem mesmo quero pensar.
Parece um distanciar de mim mesmo, uma solidão,
Como se o corpo sentisse a alma longe longe, que
Implodisse, e ficasse ainda mais fechada, num micro universo
Dela, só dela, onde nem mesmo eu possa ir.
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As vezes penso que falo muita merda, as vezes
Penso que falo de mais.
As vezes nem penso.
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Não sei se gosto, se realmente gosto;
Se apenas desejo, ou se nem quero.
Se é orgulho, sentimento ou emoção.
Se vou ter gloria, amor ou se seria apenas mais uma perdição.
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Ligar ou nem ouvir as palavras,
se sinto que são da boca pra fora.
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Batem a porta em minha face,
Tocam minha campainha numa outra oportunidade,
Porque ainda abro?
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Talvez se mudar seria uma boa opção,
Sim sim fugir mesmo, e quem não foge?
Fugir disso tudo, de tantos rostos, tantas facetas
Tantos amores,
Dores
Pesares
Dos braços, abraços, beijos e caricias.
De todas risadas, piadas e sacanagens.
Das de mal gosto, e das boas
De se gozar, e gozar denovo, rindo de tudo isso.
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Ir em busca de novos ares, mares e marés...
Deixando para trás, todos aqueles sutiãs alheios
Que talvez um dia, eu guardaria
Num armário qualquer, ainda cheirando
A lindos seios, par de seios, dos tais peitos abertos
Que toquei...